Meus sentimentos vivem ebulição,
ficam guardados tanto tempo, esperando,
analisando, escolhendo, que de tempos em tempos
é preciso deixar que se alastrem,
tais como a lava de um vulcão.
Coitados, não sabem equilibrar-se, não têm domínio
e quando conseguem a libertação dos claustros da razão,
arrasam, destroem e deixam marcas, verdadeiros sulcos no coração.
Seria muito mais racional, liberá-los devagar, gradativamente para que
não explodissem com tanta intensidade e quase sempre na direção errada.
Esse reservatório interior de carinho, vontade de amar, me turva a visão e
começo a confundir carência, sintonia, afinidade, atração, gostar, paixão,
amizade, tudo parece tão igual, sentimentos gêmeos e nessa sonolência
dos sentidos quase sempre me envolvo e me perco em mim.
Há um momento em que é preciso deixar fluir a essência é uma necessidade
orgânica, não se consegue conter e nesse momento é inútil mostrar diferenças
apontar contras, racionalizar, é uma avalanche impossível desviar seu curso.
Acordos de paz é o que faço entre minha razão e minha emoção que parecem
eternamente em conflito e em toda história de minhas avalanches sentimentais
a razão é derrotada.
Tenho vislumbrado um horizonte mais claro, palpável, real, isto se deve a semeadura
que venho fazendo. Descobri que é tão difícil entender os outros porque eu mesma
não me entendo.
Na efervecência dos sentidos, na extrema necessidade de mostrar o quão carinhosa,
atenciosa e fiel posso ser, elejo uma criatura, coloco-a em um pedestal, camuflo defeitos,
diferenças, antagonismos e pronto... Está formado o vulcão. Passado o momento da
erupção , avalanche, terremoto e toda sorte de fenômenos, começo a retomar a consciência,
reconhecer, identificar minhas vontades, meus anseios e perceber com uma certa decepção
que o vulcão com suas lavas na verdade nada destruiu pois o campo que invadiu era estéril
nem por um momento se deixou semear.
Hoje , algo mudou em mim, sinto um equilíbrio, uma vontade interior muito forte de ser feliz, sem medo, sem condições e “algo” me diz que essa felicidade chegou porque parei
de buscar nos outros aquilo que estava em mim. Busquei, busquei e catatônica constatei
que não acharia porque cometia erro de pessoa, de lugar, de momento.
Agora que me busquei e me achei tudo é mais claro, emoções não se explicam elas são para
serem sentidas e só , pura e simplesmente sentidas.
Estranhas, improváveis, fadadas ao fracasso, inúteis, genuínas, puras, cristalinas, eternas, revitalizadoras , frustrantes, isso realmente não importa, agradeço a Deus a oportunidade de senti-las.
ficam guardados tanto tempo, esperando,
analisando, escolhendo, que de tempos em tempos
é preciso deixar que se alastrem,
tais como a lava de um vulcão.
Coitados, não sabem equilibrar-se, não têm domínio
e quando conseguem a libertação dos claustros da razão,
arrasam, destroem e deixam marcas, verdadeiros sulcos no coração.
Seria muito mais racional, liberá-los devagar, gradativamente para que
não explodissem com tanta intensidade e quase sempre na direção errada.
Esse reservatório interior de carinho, vontade de amar, me turva a visão e
começo a confundir carência, sintonia, afinidade, atração, gostar, paixão,
amizade, tudo parece tão igual, sentimentos gêmeos e nessa sonolência
dos sentidos quase sempre me envolvo e me perco em mim.
Há um momento em que é preciso deixar fluir a essência é uma necessidade
orgânica, não se consegue conter e nesse momento é inútil mostrar diferenças
apontar contras, racionalizar, é uma avalanche impossível desviar seu curso.
Acordos de paz é o que faço entre minha razão e minha emoção que parecem
eternamente em conflito e em toda história de minhas avalanches sentimentais
a razão é derrotada.
Tenho vislumbrado um horizonte mais claro, palpável, real, isto se deve a semeadura
que venho fazendo. Descobri que é tão difícil entender os outros porque eu mesma
não me entendo.
Na efervecência dos sentidos, na extrema necessidade de mostrar o quão carinhosa,
atenciosa e fiel posso ser, elejo uma criatura, coloco-a em um pedestal, camuflo defeitos,
diferenças, antagonismos e pronto... Está formado o vulcão. Passado o momento da
erupção , avalanche, terremoto e toda sorte de fenômenos, começo a retomar a consciência,
reconhecer, identificar minhas vontades, meus anseios e perceber com uma certa decepção
que o vulcão com suas lavas na verdade nada destruiu pois o campo que invadiu era estéril
nem por um momento se deixou semear.
Hoje , algo mudou em mim, sinto um equilíbrio, uma vontade interior muito forte de ser feliz, sem medo, sem condições e “algo” me diz que essa felicidade chegou porque parei
de buscar nos outros aquilo que estava em mim. Busquei, busquei e catatônica constatei
que não acharia porque cometia erro de pessoa, de lugar, de momento.
Agora que me busquei e me achei tudo é mais claro, emoções não se explicam elas são para
serem sentidas e só , pura e simplesmente sentidas.
Estranhas, improváveis, fadadas ao fracasso, inúteis, genuínas, puras, cristalinas, eternas, revitalizadoras , frustrantes, isso realmente não importa, agradeço a Deus a oportunidade de senti-las.