sexta-feira, 29 de abril de 2011

Crença Pessoal

Muitas idéias surgem, numa conversa onde há troca genuína, com boa energia e, é claro, com perspicácia e sagacidade dos participantes. Precisam falar a mesma língua , nada a ver com idioma pátrio, e sim de comunhão, entendimento, mesma faixa vibratória.

Numa dessas conversas com um amigo ,exímio enxadrista, falávamos sobre a avaliação de QI(Quociente de Inteligência), passeamos sobre as várias maneiras de avaliar e dizia eu não saber o meu, pois nunca foi testado e ele revelou o dele . Disse-lhe eu que era também enxadrista e que havia participado de 2 campeonatos estudantis, porém não havia sido bem sucedida e ele disse: “.. Nunca participei de nenhum, não duvido do meu potencial no entanto, se posto a prova pode me decepcionar...Melhor continuar acreditando que sou bom..”

Interessantíssima abordagem, pois ele não disse decepcionar as pessoas, disse decepcionar a si mesmo demonstrando uma visão que muitos não tem, a de que somos responsáveis diretos por tudo que nos acontece, nossa realização material começa no mental, a crença é individual e intransferível.

Existem vitórias silenciosas, aparentemente surreais, e como tal não devem ser ditas, pois o EU interior pode ouvir opiniões contrárias, descrentes, céticas e se “deixar” levar , ser convencido de que é impossível e pôr por terra os avanços.

Muitas vezes guardar silêncio sobre suas crenças, seus planos, suas metas é estratégia rumo à vitória, tal qual um enxadrista estudando cuidadosamente seu próximo passo. Coincidentemente hoje, após a conversa de ontem com o amigo, fui ao Shopping e ao entrar no banheiro, fechei a porta e estava lá escrito (pichado, na verdade) “ Não fale alto suas vitórias pois a inveja tem sono leve”. Coincidência? Não sei , mas também converge para a idéia inicial, de maneira simples e objetiva, falando de crença pessoal, determinação.

Até no acontecimento bíblico da queda das “Muralhas de Jericó”, nos seis dias que antecederam a queda as voltas em torno da cidade eram em silêncio, guardando em oração e somente no sétimo dia se fez ouvir o clamor, a publicidade, para que aí sim o milagre acontecesse e fosse propagado por todos os cantos. Cada um dos liderados por Josué, precisou acreditar, precisou de FÉ inabalável nas orientações de seu líder para , juntos, alcançarem o milagre e, certamente, nenhum deles se contaminou por idéias contrárias.

O não por a prova, não significa estagnação, cristalização de pensamentos e atos e sim de acreditar no próprio poder, na capacidade de realização de não ser “convencido”por senões derrotistas, opiniões funestas de que não se é capaz, muitas vezes é também estratégia de sucesso detectar o melhor momento para executar determinada “prova”. Quem se conhece , em essência, quem sabe ouvir os sinais advindos do íntimo, certamente é capaz de escolher o melhor momento.

Assim como nos preocupamos em manter limpas nossa casa, nossa roupa, nos preocupamos com nossa aparência externa, precisamos de igual medida manter limpos nossa mente e nosso coração, cuidando para não macular o corpo que é “nosso templo”, evitando pensamentos negativos, mágoas, ira é higienizar o espiritual para que possa fluir com toda força e dar frutos nobres a nossa “crença pessoal”, que nada tem a ver com religião é maior e ilimitado.

Acreditar em si mesmo é fazer valer a benção que é viver.

domingo, 24 de abril de 2011

Perdas...

Em momentos como esse, perda de um ente querido, tanta coisa vem a cabeça, a fragilidade do corpo, matéria que se acaba, a certeza da existência do espírito, a continuidade da vida pós carne, acalenta, alenta, atenua o sofrimento, a dor da separação, a inexistência de contato físico, do som da voz, dos trejeitos .
Foi algo que existiu materialmente, algo que vivemos efetivamente, momentos bons e ruins, alegrias, dores, tristezas, conversas, enfim havia VIDA/ MOVIMENTO partilhado, compartilhado.
Quanta miudeza nos aflige, quanta coisa simples que a gente complica, quantos momentos não vividos que poderiam ter sido , enquanto havia corpo, movimento. Tantas sensações passam pela cabeça.
Quanta mágoa a gente carrega, por vezes, por falta de uma simples, pura e fácil conversa. Vaidade, orgulho !! Nesses momentos a gente reflete muito e tenta correr atrás do “prejuízo”, tenta passar à limpo algumas coisas, enquanto há tempo e esse tempo é tão impreciso, fugaz.

Existem vários tipos de morte:
- Aquela que é mais conhecida, quando o corpo físico fenece e o espírito volta ao seu lugar de origem : A Pátria Espiritual e quem fica tem como companheira a saudade, as lembranças
- A morte de um ideal, quando muitos obstáculos não transpostos vencem e o ideal é enterrado e fica o sentimento amargo da frustração, impotência.
-A morte de um sentimento cultivado e cuidado como jóia preciosa, colocado em redoma, poupado de algumas verdades para que não fosse maculado, manchado e, ainda assim, morreu e o que fica é o sentimento igualmente de fracasso. Por isso há tantos cegos emocionais que preferem o benefício da dúvida do que a cruel verdade do amor que findou.

Ainda há tempo para pedir perdão e perdoar, voltar atrás, liberar o peito de angústias e ser infinitamente feliz com a pureza infantil que não tem senões e nem verniz se gostas de alguém DIGA, se estás triste CHORE, se estás feliz CANTE , se errastes peça PERDÃO, seja você ! Ser você mesmo é reconhecer-se PERFEITO dentro de suas limitações.