domingo, 24 de abril de 2011

Perdas...

Em momentos como esse, perda de um ente querido, tanta coisa vem a cabeça, a fragilidade do corpo, matéria que se acaba, a certeza da existência do espírito, a continuidade da vida pós carne, acalenta, alenta, atenua o sofrimento, a dor da separação, a inexistência de contato físico, do som da voz, dos trejeitos .
Foi algo que existiu materialmente, algo que vivemos efetivamente, momentos bons e ruins, alegrias, dores, tristezas, conversas, enfim havia VIDA/ MOVIMENTO partilhado, compartilhado.
Quanta miudeza nos aflige, quanta coisa simples que a gente complica, quantos momentos não vividos que poderiam ter sido , enquanto havia corpo, movimento. Tantas sensações passam pela cabeça.
Quanta mágoa a gente carrega, por vezes, por falta de uma simples, pura e fácil conversa. Vaidade, orgulho !! Nesses momentos a gente reflete muito e tenta correr atrás do “prejuízo”, tenta passar à limpo algumas coisas, enquanto há tempo e esse tempo é tão impreciso, fugaz.

Existem vários tipos de morte:
- Aquela que é mais conhecida, quando o corpo físico fenece e o espírito volta ao seu lugar de origem : A Pátria Espiritual e quem fica tem como companheira a saudade, as lembranças
- A morte de um ideal, quando muitos obstáculos não transpostos vencem e o ideal é enterrado e fica o sentimento amargo da frustração, impotência.
-A morte de um sentimento cultivado e cuidado como jóia preciosa, colocado em redoma, poupado de algumas verdades para que não fosse maculado, manchado e, ainda assim, morreu e o que fica é o sentimento igualmente de fracasso. Por isso há tantos cegos emocionais que preferem o benefício da dúvida do que a cruel verdade do amor que findou.

Ainda há tempo para pedir perdão e perdoar, voltar atrás, liberar o peito de angústias e ser infinitamente feliz com a pureza infantil que não tem senões e nem verniz se gostas de alguém DIGA, se estás triste CHORE, se estás feliz CANTE , se errastes peça PERDÃO, seja você ! Ser você mesmo é reconhecer-se PERFEITO dentro de suas limitações.

2 comentários:

Paloma Murad disse...

Querida, sentimos muito.... Que Papai do Céu dê bastante força a vcs! Todos mandam beijos....

Fernando Imaregna disse...

Oi Mô...

Há que se encarar a vida sempre de peito aberto, aceitando o fato de que somos seres falíveis...mas sempre há tempo para correções, ajustes...

Senti muito o desencarne de Gildinha...hum rum...tem um nó cá dentro meio difícil de desatar ainda...não sei bem o pq...

Sigamos então, pois nossa missão ainda não findou (como a dela) tornando os dias o mais alegres possíveis, esquecendo dores, mágoas, e tudo o mais que nos "sufoca"...hum rum...

Beijos pra ti, abraços para seus Pais...Deus os abençoe !