quarta-feira, 20 de julho de 2011

Minha Estrada!



Há épocas em que afloram determinados sentimentos e nos fazem repensar a vida, mudar o rumo, ajustar as velas, traçar novas rotas.

Costumo fazer meus inventários morais, analisar meu comportamento, ver como anda minha semeadura para ,quem sabe, prever como será minha colheita daqui a tempos. Vejo com mais clareza meus erros,meus enganos e surgem as decepções, que na verdade são somente expectativas que eu criei em relação a pessoas ou fatos, que não saíram como eu “planejei”.


Sei que os acontecimentos da minha vida são, na verdade, o somatório das minhas escolhas e que somente EU sou responsável por tudo que me aconteça, de bom e de ruim.


Tenho estado mais observadora do que de costume, prestes a embarcar no meu mundo interior para buscar refúgio e passar por lá algum tempo, ficar de expectadora de mim mesma, para tentar entender alguns acontecimentos.


Não tenho por hábito julgar as pessoas, muito ao contrário , como observadora que sou e por gostar muito de “gente” e todas as minúcias que rondam esse universo particular, sei que cada um sabe “onde lhe aperta o calo” , porém sou julgada implacavelmente, estranho isso, pois se semeio compreensão, aceitação, deveria eu colher na mesma medida, porém nem sempre o terreno que se semeia é fértil, pode ser estéril.


Não posso ser responsável pelas escolhas alheias, posso sim entristecer-me de ver tanta hipocrisia, tanta “dublagem”. Dublagem não como ato de traduzir para outros idiomas peças, textos, filmes, programas de TV e sim, ver que o que sai da boca não corresponde ao que os olhos e o que o corpo “dizem”.


É tão mais fácil ser verdadeiro, tão mais fácil dizer o que sente. Camuflar sentimentos demanda esforço, há que se ter boa memória , há que se controlar os olhos, a boca, o jeito de andar pois o corpo fala .


Creio que esteja carimbando o meu “passaporte” para o meu mundo seguro e silencioso. Precisando descansar de sorrisos enganadores, falsas alegrias, mediocridade, contra-mão de direitos, enfim de algumas mazelas tortas e necessitando recarregar as energias para voltar a semear , entendendo que muitas vezes o erro não vem da semeadura e sim do terreno.

Um comentário:

Fernando Imaregna disse...

Oi Mô...
Adorei o texto abaixo, da Elegância do Comportamento...hum rum...

Quanto ao teu, desnecessários muitos elogios ou "pitacos"...nos entendemos melhor nos silêncios interiores, no momento da retrospectiva de nossas vidas...né ?

Vá, e volte, de preferência com "presentes" carinhosamente ornados por laços coloridos....hum rum...

Besos mi cariño...

ps: N.e.o.q.e.a.v