sábado, 24 de outubro de 2009

Ser diferente..

Revirando meu escritos, meus "apanhados" vi surgirem tantas coisas, algumas são ainda o que sinto, outras ao reler penso "Nossa eu estava mal mesmo" quando escrevi, mas reler é reviver e, muitas vezes, é agradecer o quanto já cresci, já amadureci...


DIFERENTE

Ser diferente,
Saber conviver e desenvolver um Dom,
Inquietações surgem a cada instante, frustrações se impõem.
Quem sou eu ? A que vim ?
Um mundo tão difícil, uma sociedade caótica, uma comunidade tão desunida,
descompensada, frustrada, violenta.
Hoje, cada um com seu cada um, não existe um nós, somente “eus”.
A sensibilidade é um defeito gravíssimo, que sofrimento traduz.
Queria desligar-me, não pensar, não enxergar tanta pressão, cobrança, inveja, ironia,
sentimentos tão pequenos.
Vejo sempre olhares tão distantes, vazios, superficiais, que visão sombria.
Descobri uma amargura embutida em pessoas tão “vitrine”.
Sempre sorrindo em grupo, exalando uma alegria e bem viver falsos. Por quê? Pra quê ?
Otimismo ? Desligamento voluntário ? Não sei ! Que loucura !
Não prego um desespero nacional, prego sim uma conscientização, uma tomada de posição perante o holocausto social que vivemos.


Mônica Pereira / 95


Escrevi em 1995 e ainda percebo pessoas vitrine e tantas vezes me questionei: Será que só eu sofro? Será que só eu me angustio, tenho problemas? Nos eventos sociais todos contabilizam ganhos, todos são felizes, bem casados, bem empregados..Nossa..Sou alienígena no próprio mundo de meus iguais..

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